quarta-feira, 8 de outubro de 2008

HISTÓRIA DA MAQUIAGEM

A origem da palavra maquiagem vem do francês "maquilage" e é universal. Usada desde a Idade das Pedras, quando se recorria a uma substância chamada ocre - uma tinta vermelha - era utilizada por mulheres e homens nas àreas dos olhos e nos cabelos. Os povos Celtas usavam o ocre, para pintarem o rosto nas batalhas e o povo hebreu fabricava um cosmético feito de pó vermelho-amarelado extraído da árvore junça ou henna, como é conhecida pelos árabes. Na Nova Zelândia, o cosmético era usado em rituais para celebrar seus corpos, assim como os muçulmanos o utilizavam para enfeitar as maõs com pinturas e ornamentavam os corpos, também na Índia era utilizado com o mesmo fim, pois esses últimos acreditavam que os rituais feitos com os cosméticos protegiam seus deuses. Ainda, nesse período, a utilização dos cosméticos era feita por rainhas, homens, crianças e escravos. Cada um com sua especificidade. Para as rainhas, a maquiagem era para disfarçar os defeitos do rosto, já que esse ficava muito evidente, devido aos penteados serem bem ornamentados. Os homens usavam o poder da maquiagem para pintarem os rostos nas batalhas, enquanto as crianças e escravos utilizavam um pó, chamado de galena, que servia para protegerem-se do sol. O Rio Nilo, no Egito, fornecia uma variedade de elementos como flores e cascas de árvores para a produção de cosméticos. E o olho foi sempre o foco mais importante para realçar a maquiagem. A estratégia de recorrer a maquiagem, sempre foi a de embelezar e rejuvenescer. Foi dessa maneira que Cleópatra, um mito da História, soube recorrer desse artifício para seus encontros políticos, auxiliando-a no seu marketing, nas suas viagens e até mesmo dentro de casa. As aristocratas usavam uma maquiagem mais suave para diferenciá-las das operárias que trabalhavam ao ar livre e ficavam com as faces vermelhas. Na Idade Média, os homens e mulheres já não usavam os ornamentos na cabeça como no período anterior e o rosto já não era tão exposto. Fato que modificou o estilo da maquiagem. Essa, passou a ser feita com o objetivo de disfarçar as marcas deixadas por doenças, como a varíola. O cosmético era feito de farinha de trigo, talco e giz, o que obrigava as mulheres usarem máscaras para que a maquiagem não rachasse. Na Idade Moderna, no século XVIII, veio a proibição na França, do uso de espartilhos e cachos. Lei, que nunca foi revogada. Com a Revolução Francesa, veio um recuo dos cosméticos. Já no século XX, surgiram os famosos nesta àrea, como Helena Rubistein, uma austríaca que ficou famosa com a massagem que fazia nos rostos dos clientes. Aproveitando dessa fama, criou um salão de beleza em New York, tornando-se uma marca reconhecida mundialmente. Nesse mesmo período, surgiu a Avon- empresa de cosméticos- dirigida por um ex-vendedor de livros, que viu no comércio de perfumes, um negócio mais lucrativo. Em 1930, Max Fator, maquiador das estrelas de hollywood, criou o lápis para delinear os olhos, que ganhavam uma marca mais sensual, forte devido aos filmes da epóca serem mudos. Com a Segunda Guerra Mundial, vieram mudanças significativas no comportamento das pessoas. As mulheres, com a falta dos homens por causa da guerra, tiveram a necessidade de trabalhar. Assim, a maquiagem ganhava novo estilo, pois já não deveria ser provocativa e sim, recatada. Nesse aspecto, o batom ganhou força como símbolo de liberdade das mulheres. Era um acessório mais barato que roupas e sapatos, que as mulheres estavam impedidas de comprar e o batom dava a elas a feminilidade. Nos anos 70, tentaram impor uma mudança no comportamento feminino. Surgiram os movimentos, como o movimento hippie, entretanto, foi uma onda passageira. A maquiagem passa a ser utilizada no campo da medicina, para reparar as sobrancelhas que eram perdidas com a quimioterapia. A partir daí, cada década é marcada por uma tendência, assim como a moda. Nos anos 90, a mulher tem à sua disposição uma variedade de produtos de cosméticos que além de garantir o belo visual, não descuida do ítem proteção. As tendências variam a cada estação e são livres para buscar inspiração em outras décadas. E o dado mais marcante é a descontração, saber realçar a beleza natural seguindo um estilo próprio.

Pré-história da maquiagem
Arqueólogos descobriram em Zâmbia evidências pré-históricas de que os primeiros humanos já usavam pintura para se maquiar com propósitos estéticos. Eles acharam pigmentos e artefatos de pintura que datam de 350 mil a 400 mil anos, muito mais cedo do que se supunha. O material estava escondido em uma caverna (Twin Rivers) próxima a Lusaka. Acredita-se que o chamado homem moderno, nosso antepassado mais próximo na escala evolutiva, surgiu nessa região. O achado sugere que o comportamento do humano moderno é mais antigo do que se pensava.

EGITO
No Egito os faraós consideravam a maquiagem dos olhos fundamental. Era uma espécie de proteção dos olhos contra Rá, o Deus do Sol.
No antigo Egito, a maior referência feminina ao uso da maquiagem é Cleópatra, que tomava banho com leite, cobria as faces com argila e maquiava os olhos com pó de Khol.
Em Roma
As mulheres romanas usavam máscaras noturnas, feitas com ingredientes como farinha de favas, miolo de pão e leite de jumenta para melhorar e clarear a pele.
PROIBIÇÕES
Mas nem tudo era perfeito no mundo da maquiagem e dos cosméticos. Houve um processo de indignação masculina na Roma antiga contra esse artifício feminino e, no final do século XVIII o Parlamento Inglês recebeu a proposta de uma lei impondo as mulheres adeptas da maquiagem, a mesma penalidade aplicada as praticantes de bruxarias. Porém, a despeito de toda a propaganda contra, com os desenvolvimentos científicos o ato de colorir os lábios tornou-se moda desde o século XVII.
SÉCULO XX
A sociedade dos anos 20 frequentava os cinemas que exibiam filmes produzidos em Hollywood e astros como Rodolfo Valentino, Gloria Swanson e Mary Pickford eram imitados em trejeitos e maquiagem.
Os cosméticos passaram a ser um produto de uso geral no século XX. Paris promove uma verdadeira revolução na história do batom, quando este passou a ser vendido embalado num tubo e vendido em cartucho.
Surge Marilyn Monroe, exibindo maquiagem clara e os lábios vermelhos intensos, o que ressaltava sua feminilidade e sensualidade.
Durante a Segunda Guerra Mundial a maquiagem era improvisada com elementos caseiros, e alguns fabricantes se limitavam a recarregar as embalagens de batom, já que todo o metal disponível era utilizado na indústria bélica.
Os anos 50 trazem de volta os cosméticos e a beleza feminina passa a ser tema de grande importância. A maquiagem voltava à moda, valorizando o olhar, realçando a linha dos lábios e a palidez da pele.
Chegam os anos 60 e uma explosão de juventude toma conta do mundo da moda e dos cosméticos. A maquiagem era essencial e feita especialmente para atingir o público jovem. As características dessa época são os olhos bem marcados e os lábios bem claros.
Surgem novos modelos de embalagens, como as caixas e estojos pretos de Mary Quant, que já vinham com lápis, pó, batom e pincel.
A década de 70 traz de volta as cores da maquiagem. A cada nova coleção de um famoso estilista, era lançado um novo tom de sombra e uma nova cor de batom.
As fórmulas evoluídas para cosméticos pigmentados surgiram no final da década de 80. Fórmulas baseadas em tecnologia de vanguarda, protetores solar, controle de envelhecimento. A indústria de cosméticos passa por uma nova revolução, aliando propriedades para garantir a beleza das consumidoras. A partir daí, o benefício provocado pelos cosméticos ganha uma importância fundamental, aliado ao uso de produtos da natureza e ecologicamente corretos.
A indústria cosmética de hoje cria produtos que colorem, tratam, limpam, perfumam, protegem a pele e os cabelos.
E a evolução não deve parar. Estamos entrando em uma nova fase, a da beleza inteligente, onde cada individuo deve procurar encontrar seu equilíbrio na roupa, cheiro e cor.

CURIOSIDADES
. Quem diria que foi um físico quem criou o primeiro creme de beleza? Galeno criou uma mistura, 150 anos antes de Cristo, composta de água, cera de abelha e óleo de oliva. Com o passar dos anos, a maquiagem mudou, evoluiu, foi condenada e idolatrada. Somente no século passado muita coisa aconteceu. Nas primeiras décadas, o rosto empoado, os olhos e bocas realçados eram o estilo preferido das melindrosas. Mais tarde, o new look de Dior trouxe uma maquiagem mais leve, mas olhos e bocas ainda mereciam destaque. O delineador destacava os olhos. A MAQUIAGEM NO MUNDO
O hábito de se maquiar difere de país para país. As americanas não saem de casa sem maquiagem, as européias também, mas a maquiagem é mais discreta. As árabes sempre procuram realçar os deslumbrantes olhos. As indianas não dispensam o kajal e o bindi, aquele pequeno círculo colorido usado entre as sobrancelhas. Para as brasileiras a maquiagem é para enfeitar e não para esconder a pele. A MAQUIAGEM HOJE
Hoje em dia, a maquiagem tende a ser a mais natural possível. A pele branca total como se usou na década de 80, devido à influência dos costureiros japoneses, deu lugar a uma pele com um ar mais saudável com leve bronzeado. Os olhos continuam a vedete e as cores para lápis de contorno e sombra são infinitas. Até as adolescentes estão se maquiando, coisa incomum entre as meninas na década passada.
Nossa História
Tombada como Patrimônio Histórico pelo Condephaat, Iguape, assim como registram suas ruínas (como a de Itaguá) e seus casarões intocáveis (construídos com pedra, cal, conchas marinhas, óleo de baleia e melado) e a conformação estreitas de suas ruas, é uma das cidades brasileiras mais antigas. Há vestígios de ocupação humana de mais de 5.000 anos, junto aos "sambaquis", monumentos protegidos com acesso restrito. Entre lendas e verdades, conta-se até que a história da cidade começou mesmo dois anos antes do descobrimento do Brasil, com a chegada de alguns espanhóis naquela região.
A época exata de sua fundação é desconhecida, e alguns historiadores assinalam que em 1537 um primeiro núcleo já havia se estabelecido na região. A vila teria sido fundada em frente à Barra do Icapara e depois transferida para o local onde se encontra hoje.
Ponto de passagem tanto de portugueses, como de espanhóis e franceses nos primórdios do século XVI, Iguape foi durante muito tempo reduto de aventureiros e exploradores a procura de metais preciosos. Graças a sua privilegiada posição junto a foz do rio Ribeira de Iguape, por onde toda a riqueza se escoava, a cidade alcançou muito prestígio e em 1635 já abrigava a primeira casa da moeda brasileira, a Casa da Oficina Real da Fundição de Ouro. Nessa época a abundância era tanta que as mulheres chegavam a usar pó de ouro nos cabelos e na maquiagem.

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