terça-feira, 29 de junho de 2010

Espetáculo VIDA! Em Maringá

Espetáculo "VIDA", da companhia brasileira de teatro (Curitiba).
Sábado (26), às 20h, no Teatro Calil Haddad.
Entrada franca.
O espetáculo tem texto e direção de Márcio Abreu e baseia-se na obra de Paulo Leminski. A trilha sonora é de André Abujamra e a iluminação é da premiada Nadja Naira. O elenco é formado por Nadja Naira, Giovana Soar, Rodrigo Ferrarini e o maringaense Ranieri Gonzalez, que acabou de participar de um especial de Renato Aragão e estará na próxima temporada de malhação, que começa em julho.
E estão super convidados para assistir o espetáculo!

 companhia brasileira de teatro 

MÚSICA BARROCA - KERVANSARAY TRIO

KERVANSARAY TRIO - grupo de violões que faz música barroca. 
Apresentações GRATUITAS no MUSEU GUIDO VIARO (recém reinaugurado é bem EM FRENTE à Reitoria). 
 
KERVANSARAY TRIO
Todas as QUARTAS (até final de julho), 20h, Museu Guido Viaro
Rua XV de Novembro 1348

terça-feira, 22 de junho de 2010

O CONTADOR DE HISTÓRIAS CARLOS DAITSCHMANN

Vejam o site http://www.carlosdaitschman.ato.br

Lindo!!! É do contador de histórias Carlos Daitschmann


"Era uma vez um homem que tinha uma pequena mala.
Onde encontrava pessoas reunidas, parava e contava histórias de monstros, bichos, amores, espantos e desafios, com finais felizes.
Ou nem tanto.
Era de dentro daquela mala que saíram muitos povos, tempos e lugares, todos mágicos, guardados nas histórias que ele lia e contava.
Depois, ele guardava os livros, fechava a mala e ia embora.
E todos ficavam um pouco mais felizes. Para sempre.”

Tia Thereza e “o Bicho”
.......Final de tarde, começando a anoitecer, Tia Thereza foi recolher as roupas no varal. Umas peças que estavam úmidas deixou lá; voltou pra casa, fez uma jantinha, limpou a cozinha e foi deitar. Lá pela meia-noite, acordou com um alarido no galinheiro, acendeu o lampião, abriu a janela que dava pro terreiro e a luz caiu em cima do bicho: pêlo marrom, grosso, sem rabo, com as orelhas compridas cobrindo a cara, andando como se andasse com os cotovelos mas tinha mãos de gente.
.......Tia Thereza ficou ali, grudada no parapeito da janela sem saber o que fazer quando lembrou que a avó dizia: “Quando o bicho aparece, pede pra ví buscá sal no dia seguinte”. “Vem buscá sal amanhã!” O bicho levantou o focinho, a luz do lampião bateu no olho e voltou vermelha, deu um uivo e sumiu no escuro. Tia Thereza fechou bem a janela, viu todas as portas e voltou pra cama, mas quê de dormir.
.......No dia seguinte, foi recolher as roupas no varal e a saia vermelha, a que ela mais gostava estava toda esfiapada. Recolheu as outras roupas e jogou a saia num canto, que nem pra pano de chão servia.
.......Lá pelo meio-dia bateram no terreiro; era um vizinho, bem velhinho. “Pois não, o que é que o senhor deseja?” “A senhora tem um pouco de sal pra emprestá?” Tia Thereza correu na cozinha, pegou uma xícara de sal e entregou pra ele, que deu um sorriso agradecendo. No meio dos dentes dele os fios vermelhos!
.......Tempos depois Tia Thereza soube que ele estava muito doente. Todo dia levava um prato de sopa pra ele, mas logo acabou morrendo e ela nunca soube se porque era muito velhinho ou se porque tinha sido descoberto.
............. .................... ..........História contada por Artur, morador da cidade da Lapa, Paraná.
 

Miolos à Francesa

Ad Libitum - Márcia Folmann
Era 14 de julho.
Foi desde Antonina
que Maria Antonieta
foi parar na guilhotina.
Na noite de Festival
ela se aventurou saber
se era surda tonal.
- Não!, respondeu o músico do Canal,
Você serve para backing-vocal!
Maria aceitou ficar em segundo plano
acomodou-se ao lado do nobre piano
e foi trajando os reis que reinavam em Luís
com vestimentas de revolucionário pano.
Maria conspirava íntimos planos...
seu coração queria mais, pedia bis
queria um movimento allegro de Luís
para fazer dançar seus desenganos.
Qual nada!
Acéfala e decepcionada
assistiu ao rolar da própria cabeça
sob a espada de ilusão decepada.
Restaram alguns miolos frescos...
e certo poemas pitorescos
os quais Antonieta começa a
crer serem mera obra plagiada.
De tanto fazer a corte
levou um corte à francesa
nem rainha, nem princesa,
tornou-se poetisa condenada.

Inscrições 4º FESTIVAL NACIONAL DE TEATRO DE JUIZ DE FORA

Matéria de Carina Teixeira
Estão abertas as inscrições para o 4º Festival Nacional de Teatro de Juiz de Fora, que será realizado no período de 31 de agosto a 7 de setembro de 2010. Os interessados em participar do evento, que é promovido pela Prefeitura de Juiz de Fora, por meio da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage – Funalfa, devem se inscrever até o dia 14 de julho.
As inscrições devem ser realizadas através do preenchimento de ficha própria, disponível no site http://www.pjf.mg.gov.br/ e no Setor de Expediente da Funalfa. A ficha deve ser encaminhada junto com cópia do espetáculo inscrito em DVD, na íntegra, sem edição, além da documentação especificada no edital, dentro de um envelope lacrado.
O material pode ser entregue pessoalmente ou enviado via Correios, para o seguinte endereço: 4º Festival Nacional de Teatro de Juiz de Fora – FUNALFA, Avenida Barão do Rio Branco 2.234 – Centro, Juiz de Fora, Minas Gerais – CEP: 36016-310. Mais informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa no telefone (32) 3690-7044.

PROFISSÃO CULTURA

Li esta matéria no http://www.culturaemercado.com.br/ideias/profissao-cultura/, e achei interessante, principamente os comentários, leiam no endereço acima, segue para todos a matéria.

Profissão Cultura

A atividade cultural é composta por uma diversa e abrangente cadeia produtiva, com funções e especificidades próprias. Cada um desses agentes possui um papel distinto, complementar e fundamental na composição de um setor cultural rico e produtivo, que contribua para o desenvolvimento social e econômico do país.
Na área de produção, a cadeia inclui pesquisadores, artistas, criadores, produtores, administradores e técnicos. Em sua maioria, profissionais liberais, que têm sua própria empresa e que circulam com certa liberdade pelo mercado, mas ao mesmo tempo convivem com a insegurança do trabalho eventual.
Já as organizações culturais, passaram, na última década, por um processo de profissionalização surpreendente. Era raro encontramos centros culturais, fundações, organizações culturais públicas, privadas e do terceiro setor com agentes plenamente capacitados para desenvolver suas funções. Por outro lado, era raro encontrar condições favoráveis para este funcionário. Com regimes de trabalho muito informais e remuneração incompatível para o exercício de suas funções, os bons profissionais preferiam arriscar-se no mercado.
Outro campo em pleno desenvolvimento é o departamento de cultura e patrocínio das empresas investidoras. Impulsionadas pelas oportunidades geradas pelas leis de incentivo à cultura, elas criaram estruturas e contrataram profissionais para gerir políticas de cultura e de comunicação empresarial focadas no investimento cultural.
O próprio Poder Público ampliou as oportunidades de trabalho para a área da cultura. É crescente a demanda por profissionais responsáveis pela formulação e gestão de políticas culturais.
Ainda no meio acadêmico e na imprensa encontramos oportunidade de trabalho para esses profissionais, que podem atuar como críticos, curadores e pesquisadores.
Promover a transformação da sociedade por meio da cultura significa encadear esforços de todos esses agentes de forma a permitir a consolidação de um mercado qualificado, capaz de produzir e consumir cultura.
O desenvolvimento social proporcionado pela ação cultural se dá de forma espiralar, ligando todos os elementos e aumentando a base estrutural que garante a consolidação do espírito crítico da sociedade. Este processo ocorre ao mesmo tempo em que se estrutura como um mercado capaz de fornecer insumos necessários, oferecendo base sólida à sociedade e proporcionando um crescimento cíclico em progressão geométrica, com a ampliação de sua base.
* trecho do livro O Poder da Cultura.

Sobre "Leonardo Brant " http://www.brant.com.br
Pesquisador de políticas culturais. Autor do livro "O Poder da Cultura" e diretor do webdocumentário Ctrl-V::VideoControl. mais

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Clube de Cultura de Porto Alegre comemora 60 anos de existência

            Referência por ser um dos principais incentivadores da cultura Porto Alegrense das décadas de 50, 60 e 70, o Clube de Cultura chega ao seu sexagésimo aniversário. Para comemorar a data, a instituição promove uma série de atividades e apresentações que começam a partir do dia 22 de maio. 
            Duas apresentações de teatro de bonecos abrem a programação no sábado (22) e domingo (23). As peças são “Bonecrônicas”, do grupo Anima Sonho com Ubiratan Carlos Gomes e Cacá Sena e “Plano de Vôo: Histórias de Santos Dumont”, com Tânia Castro e João Vasconcelos do grupo Camaleão. Os espetáculos acontecem as 16 e 18 horas. Com ingressos a R$ 10,00 e R$ 5,00.
            Durante a semana seguinte a programação segue com três palestras: “Kafka e Moacyr Scliar” (24/05) com o secretário municipal de cultura Sergius Gonzaga; “A Arte Contemporânea?” (26/05) com o artista plástico Danúbio Gonçalves; e “Arte e Resistência: Artistas Pró-Diretas” (31/05) com o professor e crítico de arte José Luiz Amaral Neto. Todas as palestras acontecem a partir das 19 horas com entrada de R$5,00.
            Também está previsto na programação dois grupos de debates, ambos com entrada franca. O primeiro grupo trará o tema, “Movimento Musical Gaúcho no Clube de Cultura” (25/05) e terá na mesa de debate César Dorfman, Gelson Oliveira, Nei Lisboa, Nelson Coelho de Castro e Raul Ellwanger.  Já o segundo grupo debaterá sobre “Teatro nos anos 60 do Clube de Cultura” (27/05) e contará com a participação de Aníbal Damasceno, Antônio Carlos Sena, Antônio Hohlfeldt, Dilmar Messias e Marcos Schames.
            Para completar as comemorações, acontece no dia 29/05 a festa de 60 anos do Clube de Cultura, com o Sarau Vinícius de Moraes, MPB ao vivo com Violeiro Só e os Mal Acompanhados com convites à R$15,00. Todas as atividades acontecem na sede do Clube localizada na Rua Ramiro Barcelos, 1853 no bairro Bom Fim.

Uma história invejável

            No início da década de 50, um grupo de quatorze ativistas político-culturais, todos judeus não sionistas, se reuniu com o objetivo comum de criar um espaço onde pudessem compartilhar suas ideologias, desenvolver atividades culturais e se inserir no contexto social de Porto Alegre. Desta união nasce, em 30 de maio de 1950, o Clube de Cultura, espaço que consagrou diversos nomes da música, cinema, teatro, artes plásticas e literatura gaúcha.
            Segundo o presidente e veterano do Clube de Cultura, Hans Baumann, figuras importantes de outros estados também realizaram palestras e exposições lá, a exemplo de Graciliano Ramos, Jorge Amado, Aparício Torelli (Barão de Itararé), Carlos Scliar, Danúbio Gonçalves e Vasco Prado. Nesta época o Clube também recebeu alguns espetáculos do CPC (Centro Popular de Cultura da UNE) que trouxe montagens de autores como Brecht e Sartre, promoveu show com a jovem cantora Elis Regina e abrigou o Clube de Cinema.
            Com o Golpe Militar de 1964, o Clube de Cultura que tinha uma tendência esquerdista, acabou esvaziando e perdeu quase todos seus mais de 300 sócios. Entretanto, soube driblar a censura e continuou com boa parte de suas atividades fazendo resistência. “Acredito que nessa época o clube virou o maior centro cultural do sul do país em resistência ao Golpe Militar”, afirma Baumann. 
            Depois da abertura política esperava-se o retorno da maioria dos sócios que tinham se afastado durante a ditadura, mas isso não aconteceu, ao contrário, o movimento na sede continuou diminuindo e desde então a instituição enfrenta dificuldades para se manter funcionando. Buscando reverter esta situação e reviver os anos dourados do Clube de Cultura, alguns antigos sócios elaboraram um projeto, coordenado pelo arquiteto César Dorfman, para reformar o teatro da sede.  De acordo com Dorfmam, que frequentou o Clube durante toda infância, a propostas vai além de uma reforma física, pretende também modernizar a “cara” do Clube. “A nossa intenção é reformar o auditório e resgatar a ideia do clube ser um ponto de encontro, de debate e de produção cultural, tanto para os antigos sócios como para as novas gerações”, reforçou. 


Luana Feldens

sexta-feira, 4 de junho de 2010

MANIFESTO PELA CULTURA VIVA

O manifesto

Nós, cidadãos brasileiros, reconhecendo que a cultura de um povo é capaz de determinar o seu destino, convocamos a todos que se preocupam com a cultura brasileira a apoiar este manifesto. Sabemos que sua produção artística, a diversidade de sua expressão simbólica, suas relações sociais e seu imaginário são capazes de fecundar utopias e ampliar as possibilidades de atuação política deste povo. Tudo isso amplia sua capacidade de intervir e transformar sua realidade social, contribuindo para a construção de um país mais justo, mais humano e mais feliz.
Nossa cultura, gestada e enraizada nas entranhas do Brasil, é pulsante, criativa e forte. Queremos garantir esta Cultura Viva! Queremos continuar a “desesconder” o Brasil, reconhecendo e reverenciando a cultura de um povo capaz de assumir sua história e construir no presente, o futuro desejado. Queremos garantir a expressão da pluralidade brasileira, esta revolução silenciosa que fazemos, trazendo os atores de baixo para cima, na construção de uma memória presente, através das novas possibilidades de difusão e acesso à cultura.
É preciso reconhecer nossa latente criatividade e afirmar que nós, atores sociais, produzimos cultura e, portanto, fazemos a nossa história. Nesse sentido, os Pontos de Cultura cumprem um importante papel no confronto aos padrões produtivos hegemônicos, intervindo na democratização dos meios de produção e acesso à cultura, valorizando as demandas produtivas de parcelas da população que anteriormente foram alijadas do acesso ao recurso público, não sendo reconhecidas em seus direitos e possibilidades históricas. Incentiva a preservação e promove a diversidade cultural brasileira, contemplando manifestações culturais de todo o país, reconhecendo a cultura em toda a sua complexidade, desde as que ocorrem nas grandes cidades, em favelas e periferias, às que se encontram em pequenos municípios, ou em aldeias indígenas, assentamentos rurais, comunidades quilombolas e universidades. Sempre preservando a autonomia, visando o exercício máximo da potência de cada sujeito envolvido e reconhecendo os Pontos como protagonistas da sua realidade.
Por isso, estamos propondo a criação de uma Lei que garanta os princípios desta Cultura Viva e a torne uma política de Estado. Queremos a Lei Cultura Viva!
Acreditamos que os Pontos de Cultura, ao incorporarem novos atores – que reconhecidamente despertam para um novo formato de execução e disseminação de sua produção cultural – criam possibilidades históricas que aproximam esses atores sociais da dinâmica do Estado. Isso porque são eles que iniciam todas as cadeias produtivas da cultura – onde o acesso às tecnologias produtivas, é condição essencial para a participação no processo de formulação de políticas públicas plurais e afirmativas. A lei Cultura Viva visa garantir uma produção cultural criativa, que se realize de baixo para cima, potencializando desejos e criando situações de encantamento social, por meio dos Pontos de Cultura.
Defendemos a inclusão da cultura no capítulo dos direitos sociais da constituição brasileira, a implantação do sistema nacional de cultura, a ampliação e democratização do financiamento público para a atividade cultural.
Reforçamos a campanha pela Lei Cultura Viva, garantindo de maneira democrática e participativa que o reconhecimento e o apoio aos Pontos de Cultura se transformem em uma política de Estado!
Cultura como direito de cidadania e dever do Estado!
Cidadania Cultural como direito de todos!
Vamos todos juntos, unidos, abraçar esta causa!


ASSINE O MANIFESTO EM http://www.culturaviva.org.br/index.php